SEGUNDO ESTUDO REALIZADO EM HARVARD, VINHO PODE EMAGRECER.
Pesquisa inédita de Harvard mostra que consumo de vinho pode combater efeitos relacionados à obesidade.
Que o vinho é bebida dos deuses não é novidade para ninguém. Entre
pagãos ou cristãos, ele sempre teve lugar de honra nos banquetes, e uma
série de descobertas científicas vêm indicando que o consumo da bebida
pode trazer longevidade para os mortais. “Desde os primórdios da
civilização, o vinho ocupa um destaque tanto social quanto científico”,
afirma o cardiologista e enófilo Paulo Vianna.
A mais recente descoberta da Escola de Medicina de Harvard e do
Instituto Americano de Envelhecimento mostra que a bebida também pode
combater efeitos maléficos relacionados à obesidade. Embora cauteloso em
relação ao efeitos em seres humanos, o cientista David Sinclair – que
comanda uma equipe de pesquisadores da instituição –, em entrevista ao
Bem Viver, falou dos resultados positivos da ingestão da bebida por
cobaias. O próximo passo deverá ser a observação em seres humanos. “Se
comprovados, esses benefícios serão um achado espetacular”, afirma Paulo
Vianna, que alerta que diabéticos não podem ingerir a bebida alcoólica
antes de se alimentarem.
A equipe de cientistas de Harvard demonstrou que a substância previne os
efeitos maléficos em ratos cuja dieta é rica em calorias. Indicadores
fisiológicos – como o nível de sensibilidade à insulina – ficaram
semelhantes ao grupo com uma dieta menos calórica. Um dos principais
responsáveis é o resveratrol, substância que pode ser encontrada na
casca da semente de uvas e no vinho tinto. “O resveratrol e moléculas
com propriedades similares podem ser valiosas ferramentas na pesquisa de
reguladores no balanço de energia, saúde e longevidade”, comenta o
pesquisador, que teve o trabalho publicado na revista científica Nature.
Os estudos estão em andamento e David Sinclair lembra que para chegar a
esses resultados as cobaias ingeriram doses superconcentradas. “O
estudo mostra que uma pequena molécula disponível oralmente em doses
ministradas em humanos pode seguramente reduzir muitas das conseqüências
negativas do consumo de calorias em excesso, com melhoria considerável
na saúde”, conclui.
O Paradoxo Francês, um dos primeiros estudos que apontam os benefícios
do vinho, foi feito pelo professor da Universidade de Bordeaux Serger
Renaud, na década de 1960. Foi observado que franceses, embora tivessem
uma dieta rica em queijos, gorduras e foie gras (patê de fígado de
ganso), não apresentavam problemas cardíacos em função do consumo
freqüente de vinhos. Isso porque, na composição da bebida, encontram-se,
além de água, álcool e ácidos orgânicos provenientes da fermentação do
suco de uvas. Também é um alimento composto por açúcares (glicose e
frutose), vitaminas A, B e C, além de sais minerais.
Com base nessa rica composição, muitos especialistas indicam o consumo
moderado da bebida – cerca de duas taças por dia – para prevenção de
problemas cardíacos. Em um estudo cujos resultados foram divulgados em
2003, David Sinclair e equipe pesquisam os efeitos positivos do
resveratrol no processo de retardamento do envelhecimento das células,
redução dos riscos de câncer, de problemas no coração e outras doenças
relacionadas à idade. Pode agir também em proteínas, entre elas a
chamada p53, que interferem no processo natural de morte das células –
descoberta importante para tratamentos de combate aos focos
cancerígenos, de acordo com informações do pesquisador.
Fonte: ESTADO DE MINAS
publicado tb no site da Roberg bem estar e saúde
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