SICILIA – O Jardim do Mediterrâneo
A Sicília
(em italiano e siciliano Sicilia) é uma região autônoma com estatuto
especial da Itália meridional com 25 710 km² e 5,1 milhões de habitantes, cuja
capital é Palermo É completamente circundada pelo mar Mediterrâneo, sendo sua
maior ilha em extensão e população.
Esta
região, reconhecida unanimemente uma das mais completas e fascinantes de toda a
Itália, é visitada anualmente por milhões de pessoas provenientes de todas as
partes do mundo.
As
suas cores, os seus sabores, os aromas de seus vales e os perfumes que se
irradiam das costas contribuíram para perpetuar nos séculos o fascínio de uma
terra às vezes dura, mas igualmente rica de possibilidades. Para esta terra –
pela aspereza que distingue quem a vive e trabalha – foi cunhado um termo,
pelos homens de arte e de cultura: sicilianidade (sicilianità).
O
turismo é uma atividade em crescimento, favorecida pela presença sobre o
território de numerosos sítios arqueológicos e de belezas naturais que, como
nos casos de Taomina e Cefalú suscitam o interesse dos visitantes.
Devido
à sua posição geográfica, sempre teve um papel de importância nos eventos
históricos que tiveram como protagonistas os povos do Mediterrâneo.
A
vizinhança de múltiplas civilizações enriqueceu a Sicília de assentamentos
urbanos, de monumentos e de vestígios do passado que fazem da região um dos
lugares privilegiados onde a história pode ser revista através das imagens dos
sinais que o tempo não apagou.
A
Sicília também foi disputada na guerra entre Roma e Cartago, na qual essas duas
potências queriam o domínio sobre o comércio no Mediterrâneo. Roma saiu
vitoriosa.
O filme do
Poderoso Chefão conta que Don Corleone nasceu na pequena cidade de Corleone, na
Sicília.
É a
maior ilha do Mediterrâneo. Sua cozinha se faz com pouca carne vermelha, muitos
peixes como o atum e o espada, além de frutos do mar, legumes e verduras. É a
terra do famoso vinho doce Marsala, que pode ser aperitivo ou companhia para a
sobremesa, e produz também um conceituado passito.
Em
sua introdução a respeito da comida no coração do Mediterrâneo, o livro Culinária Itália, Especialidades
Italianas diz que, ali, comer e beber significa também, e sempre,
uma viagem pelo tempo e pela cultura de épocas passadas. É uma referência às
influências de muitos povos, recebidas desde a pré-história. Gregos, normandos,
bizantinos, árabes, romanos. Todos deixaram uma contribuição e ajudaram a
compor o jeito de viver dos sicilianos que, no geral, são muito ligados à
família e adoram sol e comida. Assim, canela, noz-moscada, açúcar, frutas
cítricas, melões, açafão, pimenta, damascos, tomate, muitos pesados e bons
vinhos compõem uma parte do elenco gastronômico trabalhado na ilha e arredores.
“Beber,
comer bem, sem esquecer o prazer!”
O lema acima é atribuído ao modo de viver dos
monges que habitavam a Sicília no século XIX, antes da unificação da Itália.
Praticamente tudo dentro dos conventos e monastérios girava em torno de uma
opulenta cozinha. É que muitos filhos mais novos de nobres, como príncipes e
condes, acabavam sendo "obrigados" a seguir a carreira religiosa já
que na época só os primogênitos tinham direito a herança. Tirar o sustento do
próprio trabalho não era bem uma opção. Para compensar, esses filhos de muito
ricos tentavam ter uma vida boa, comendo e bebendo muito bem antes da missa,
depois da missa etc. Havia funcionários exclusivamente dedicados a ralar
queijo, infraestrutura poderosa para fazer assados fartos de vitelo ou peixe.
A
SICÍLIA E SEUS VINHOS
Precisamos voltar ao século VIII AC se quisermos falar das origens do
vinho nessa grande ilha meridional italiana. Foi nessa época que os primeiros
colonos gregos se instalaram em sua costa, trazendo consigo suas vinhas. Junto
a outras espécies nativas de vitis, essas vinhas floresceram de forma
exuberante na ilha, graças às suas condições microclimáticas extremamente
favoráveis, e com seus frutos começaram a produzir o vinho na região.
Da Antiguidade clássica até nossos dias, a ilha foi um verdadeiro
caldeirão de culturas, tendo sido invadida por fenícios, gregos,
cartagineses,vândalos, árabes normandos e espanhóis, que deixaram sua marca nos
monumentos e na cultura siciliana. Durante todo este tempo, o vinho sempre
esteve presente de forma marcante, atingindo seu ápice no século XVIII, quando
os ingleses criaram o vinho Marsala.
A
Sicília têm o clima ideal para o cultivo da uva, especialmente nas áreas
costeiras e em algumas zonas do interior. Os vinhos da
Sicília são um recurso muito importante em uma paisagem
agrícola que contém um papel importante também para os citrinos e azeitonas.
Tipos de vinhos da Sicília
Entre
os vinhos sicilianos são contados
vários tipos de vinho. Você passa de vinhos não muito alcoólicos, leves e
fáceis de beber como o vinho cultivado perto do Etna a vinhos de mesa típicos
das áreas de Trapani e Palermo.
Em primeiro plano são os tipos de vinho doce ou de sobremesa,
como Moscato di Pantelleria ou Marsala. Este é definitivamente um vinho de
sobremesa do mais famosos do mundo. Há também vinhos
tintos fortes e encorpados como o Nero d’Avola, que certamente
não precisa de introdução.
As
videiras
As
videiras que dão origem aos vinhos mais prestigiados da Sicília são
principalmente uvas locais. Como já apontado, a Nero d’Avola conseguiu alcançar
uma exposição global entre os vinhos tintos. Ao longo dos séculos às uvas
autóctone foram adicionadas videiras importadas, como Cabernet Sauvignon e
Chardonnay, renovando o portfolio dos vinhos sicilianos.
As uvas brancas compõem 75% da safra, as mais comuns são:
Catarratto, Grillo, Inzolia, Grecanico, Tebbiano toscano, Carricante,
Damaschino, Malvasia das ilhas Lipari e Zibibbo.
Entre
as uvas vermelhas encontramos:
Calabrese, Nero dAvola, Nerello mascalese, Sangiovese, Nerello
cappuccio, Merlot, Syrah, Frappato, Cabernet sauvignon, Perricone, Greco nero e
Cabernet franc.
Terra
do vulcão Etna e seus solos especiais para a vinha.
Claro
que esta rica cultura influenciou e influencia o vinho até hoje. Ainda é a
região que mais produz vinho na Itália, mas uma pequena parcela desta produção
são de vinhos de qualidade. Hoje a famosa revolução que atingiu todo o
Mediterrâneo vinhateiro erradicando vinhas velhas e improdutivas, plantando
novas, sejam de castas locais, sejam as chamadas internacionais, modificação no
modo de poda e condução da vinha e da produção,vem originando vinhos muito
bons, alguns até excelentes e não necessariamente caros.
Lucas Bolívar
Sócio Proprietário - Armazém Deus do Vinho
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Armazém Deus do Vinho
Tel: 11-2017-5317
E-mail: vinhos@deusdovinho.com
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