A Região da CALÁBRIA
A
Calábria é a região
mais ao sul do continente italiano, a `ponta da bota´, ao lado da ilha da
Sicília. A região é caracterizada por suas encostas e penhascos, possuindo
apenas 9% de território plano.
Do ponto de vista geográfico
apresenta uma individualidade muito precisa, devido a sua posição periférica e
quase de isolamento com respeito ao resto da Itália, a sua forma
característica, e a sua estrutura Morfológica.
A região é uma longa e estreita
península que se estende desde o norte para o sul ao longo de 248 km, com
uma largura máxima de 110 km. Cerca de 42% da superfície da Calábria, o
que equivale a 15.081 km² é montanhosa, 49% são colinas, enquanto as
planícies ocupam só 9% do território da região. Está separada da Sicília pelo
Estreito de Messina, onde o ponto mais estreito - entre o Cabo Peloro na
Sicília e ponta Pezzo na Calábria tem só 3,2 km.
Apesar de não possuir atrações
históricas como o restante da Itália, a Calábria desenvolve seu turismo com
base em suas construções antigas - castelos, igrejas e pontes - e em suas
paisagens e praias de deslumbrante beleza.
A bela cidade de Catanzaro, capital
da região da Calábria no sul da Itália, tem ares de vila italiana e possui um
patrimônio arquitetônico invejável com uma grandiosa coleção de museus.
No extremo sul da Itália, entre a
Campania, Basilicata e Puglia, separada da Sicília pelo estreito de Messina, a
Calábria tem muitas semelhanças com seus vizinhos. Todos fizeram parte da Magna
Grécia e conservam monumentos e algumas tradições herdadas de seus antigos
colonizadores.
A gastronomia da região é marcada
pelo uso do peperoncino (pimenta
vermelha) em quase todos os pratos e na tradicional sardella, patê feito com sardinhas salgadas e secas e ervas
aromáticas, servido como antepasto (para passar no pão) ou para condimentar os
tipícios maccarruni, similar
aos “fusilli”.
Outro molho muito usado na Calábria é
o preparando com a sua conhecida salsiccia
(lingüiça calabresa), que também tem o seu gosto marcado pelo
peperoncino.
O reino da
pimenta
A gastronomia da região é marcada
pelo uso do peperoncino (pimenta
vermelha) em quase todos os pratos e na tradicional sardella, patê feito com sardinhas salgadas e secas e ervas
aromáticas, servido como antepasto (para passar no pão) ou para condimentar os
tipícios maccarruni, similar
aos “fusilli”.
Outro molho muito usado na Calábria é
o preparando com a sua conhecida salsiccia
(lingüiça calabresa), que também tem o seu gosto marcado pelo
peperoncino.
Ela está em todas as casas da Calábria, nas floreiras das sacadas,
penduradas para secar presas nas paredes e, naturalmente, nas cozinhas, onde é
usada no preparo de uma série de pratos. O “peperoncino” (pimenta vermelha) é
um verdadeiro símbolo da região, cultivado e adorado pelos calabreses, que o
consomem diariamente e se orgulham ao compará-lo com a força e personalidade da
raça. Para se ter uma idéia de sua importância, um dos maiores eventos locais
foi chamado de “Peperoncino Festival” e é ralizado Anualmente no mês de julho,
com uma série de apresentações itinerantes de arte, música e gastronomia.
Sorte
É também considerado um talismã da
sorte (são comuns os chaveiros com uma réplica da pimenta em forma de chifre) e
é reconhecido por suas qualidades terapêuticas, graças à grande concentração de
vitamina C.
E OS VINHOS?
A Calábria é o berço do vinho no
ocidente. Localizada entre o mar Jônico e o Tirreno, extremo sul do país. A uva
para lá foi levada pelos gregos. Simples olhar vê-se as ruínas da cultura
helênica espalhada por toda a Calábria. Muitos sítios foram lugares de adoração
e de descanso, tanto para os gregos como mais recente para os romanos.
A Itália está unificada tem apenas
150 anos. Sabe-se que o sul da Itália sempre foi mais pobre e menos
desenvolvido que o norte. Em face das dificuldades muitos Calabreses optaram
foi sair do país. São muitos os exemplos desta imigração no Brasil e países do
cone sul. Em São Paulo seus descendentes estão espalhados pela capital e
interior do Estado. Na Argentina, muitos fundadores das vinícolas de Mendonza
eram Calabreses, assim como no Uruguai e nos EUA.
Em termos de vinho, historicamente, o
sul da Itália sempre forneceu vinho de baixa qualidade e grandes quantidades
para os produtores do norte do País. Na Calábria não foi diferente.
Felizmente os ventos da mudança
chegaram lá também. Há novos e visionários produtores que vem trabalhando as
castas locais, erradicando vinhedos antigos ou plantando novos, já com
tecnologia de ponta. Desta maneira já há, no mercado, ótimos vinhos calabreses
com castas locais.
Características
Os vinhos da Calabria são em sua
maioria tintos, na maioria produzidos com a variedade Gaglioppo, existindo 12
DOCs e 12 IGTs.
Em termos de vinhos de qualidade
destaca-se o vinho de Cirò, um dos mais antigos sítio de vinho no ocidente. Destaque
para o Cirò Rosso (tinto
encorpado elaborado com 95 % de uvas do tipo gaglioppo) e o Bivongi, que leva o nome de um pequena cidade próxima da capital mas e é
um tinto leve e frutado produzido com gaglioppo, greco nero, nero d´avola e
castiglione.
A antiquíssima cidade de Cirò
localizada as margens do mar Jônico, sempre foi considerada um local de
descanso e vinhos, desde os helênicos até os soldados romanos, muitos como
prêmio recebiam temporadas por lá, diria eu, um SPA do vinho. Dizem que o Cirò
era o vinho que os atletas gregos comemoravam suas vitória nas antigas
olimpíadas.
A
designação de Cirò classico só vai aparecer em vinhos tintos. Procurem
os vinhos Cirò que tenham a indicação de sua região de origem - DOC.
Tipos:
Cirò
Tinto. Vinho encorpado, rico, abundante, e persistente, acompanha um grelhado
com risoto, um assado de caça, dentre outros pratos de sabor marcante.
Cirò
Branco. Dourado, seco, frutado e bem maturado, ideal pra harmonizar com
ratatouille, bolinhos de bacalhau e queijos cremosos.
Cirò
Rosé. Límpido brilhante, boa acidez e final agradável, ideal para acompanhar
massas com molho de tomate e pratos com receitas agridoces.
Hoje, no local é produzido um vinho
tinto que vem ganhando fama internacional. Feito com a uva local a Gaglioppo. Com
modernos conceitos de vinificação, como controle de temperatura, vinhedos novos
e plantados em locais específicos, tem-se, ainda um vinho rústico, mas mais
frutado e menos alcoólico.
Já nos brancos o destaque fica para a
uva local Greco. Produz-se, tanto vinhos leves e frescos como vinhos de
sobremesa seguramente utilizando-se a técnica de colheita tardia.
MEDICINAL?
Desde a antiguidade até os dias de
hoje, o vinho Cirò é famoso pelas suas virtudes terapêuticas e muitos médicos o
indicavam para quem quisesse recuperar suas energias após um longo período
doente, afirmando que se tratava de um tônico revigorante e rejuvenescedor de
fazer inveja até a nossa famosa Jurubeba.
A vinicultura da Calábria
Quando os primeiros gregos desembarcaram na costa da
Calábria ficaram tão impressionados com a fertilidade da terra, rica de
vinhedos, que a chamaram de Enotria, a terra do vinho. E o antigo nome da
Calábria acabou se estendendo para praticamente toda península italiana. O
vinho ali produzido era tão valorizado pelos antigos gregos que segundo as
tabelas de Heraclea, antiga cidade da Lucania, um lote de vinhedo valia seis
vezes mais do que um lote de cereais.
A produção de vinho era tão importante na região que
para facilitar o seu transporte e o carregamento das embarcações no porto, foi
construída uma tubulação feita de terracotta, verdadeiros “enodutos” que
transportavam o vinho desde o alto das colinas na zona de Sibari diretamente ao
ponto de embarque.
Muitas vezes a decadência de um povo leva também ao
declínio os seus hábitos e os seus costumes. Com a decadência da Magna Grécia,
o vinho e a viticultura calabresa tiveram um grande declínio, perdendo grande
parte da importância que já haviam alcançado. Mas a maior crise ainda estava
por vir: foi provavelmente durante o século XIX com a chegada da filoxera, a
praga que dizimou milhares de vinhedos e quase acabou com o cultivo da uva na
Europa.
Hoje mais que recuperada disso tudo,
a Calábria produz excelentes vinhos e tem 12 Denominazione di Origine
Controllata (DOC), mas apenas 4% dos vinhos produzidos são classificados neste
nível. A mais conhecida internacionalmente é a DOC Cirò. Isso lhe deu o
codinome : O Barolo do Sul.
Grande parte do vinho calabrês é
classificado como IGT, com alguns produtores criando vinhos de perfil mais
moderno e de agrado internacional. Existem 12 denominações IGT diferentes.
As Uvas
Região de relevo acidentado, onde as
dificuldades naturais retardaram o aparecimento de vinhos de qualidade.
Apresenta porém rendimentos médios bastante baixos.
A uva mais conhecida é Gaglioppo e a
Magliocco é uma outra variedade tinta típica, quase em extinção, que uns poucos
produtores conseguiram reviver através de vinhos de alta qualidade. mais de 90%
da produção de vinho da região é o vinho tinto grande parte feita a partir da
uva Gaglioppo
O solo da
região é predominantemente calcária de marga com alguma argila e areia.
“Bebamos! Por que esperar pelas
lucernas? É breve o tempo. Ó filho amado, pegue as grandes taças coloridas
porque Dionísio deu aos homens o vinho para que esqueçam suas dores. Sirva duas
partes de água e uma de vinho. Encha a taça até a sua borda, imediatamente uma
após a outra.”
Por: Lucas Bolívar
Sócio Proprietário - Armazém Deus do Vinho
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Armazém Deus do Vinho
Tel: 11-2017-5317
E-mail: vinhos@deusdovinho.com
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