De Borgonha para o Mundo - PINOT NOIR
A pinot noir é uma uva tinta da
família das Vitis vinifera, originária da França.
É a grande uva da região da Borgonha,
sudoeste da França, com a qual são produzidos vinhos bastante admirados em todo
o mundo entre os quais o Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeot e outros tantos
Ggrands Crus. São em geral bastante complexos com aromas intensos e que
evoluem muito bem com o passar dos anos.
Ela também é cultivada região da
Champagne, França, e faz parte do "corte"
(mistura com outras variedades) que irá resultar no champanhe propriamente dito.
É uma uva de difícil cultivo, mas que
se adaptou muito bem à Itália, ao Chile, à Nova Zelândia e à África do Sul,
além da Borgonha.
Considerada
como a uva que produz os vinhos mais elegantes do mundo, sem deixar de
mencionar que desta uva provém os vinhos com borbulhas mais interessantes do
mundo todo, os Champagnes.
Esta uva
tem uma grande diferenciação com as outras tintas nobres: ela não pode ser
misturada com outras uvas (exceto nos Champagnes) tintas, já que, como a sua
maior virtude é sua sutileza, fazendo parte de um blend ficam ocultadas atrás
da opulência e potência das outras uvas tintas.
Ela é considerada a uva “branca”
dentro das tintas, e, deste ponto de vista, ela sempre está no extremo da
macies e é o contraponto da uva Cabernet Sauvignon.
Ao servi-la, ela se expressa melhor em
baixas temperaturas e quando se trata de Pinot Noir frutados, varietais (sem
madeira) e simples, muitas vezes devem ser servidas à mesma temperatura que
alguns vinhos brancos, ou seja, em torno dos 12°C – o que comparada com a
Cabernet Sauvignon, que é servida na faixa dos 17°C ou 18°C, é uma diferença
muito marcante.
Em termos climáticos, a Pinot Noir
necessita, obrigatoriamente, de climas frios e secos, já que sua pele é muito
fina e é altamente sensível às enfermidades provocadas pela umidade (como, por
exemplo, a Botrytis Cinerea), razão pela qual tem sido muito difícil sua
adaptação às outras regiões fora de seu berço, que é a maravilhosa Bourgogne.
Quando plantada em climas calorosos,
seus vinhos são muito desequilibrados e falhos de acidez e seus aromas e
sabores são extremamente maduros, lembrando a marmelada, o que, no caso desta
uva, é considerado um fator negativo.
Uma característica importante da uva
Pinot Noir é que ela tem uma mínima concentração de antocianinas (pigmento/cor)
nas células da sua pele, portanto seus vinhos sempre têm um aspecto visual
claro e algumas vezes quase rosado, o que por outro lado ajuda na sua característica
e fama de produzir os vinhos mais sedosos e suaves do mundo – isto se deve aos
seus taninos de textura muito aveludada, muito delicados.
Fora da Bourgogne, a Pinot Noir tem
conseguido excelentes resultados nos Estados Unidos, onde Napa e Sonoma (em
Califórnia) e Oregon são as regiões que mais se destacam.
Em Nova Zelândia podem também se
encontrar vinhos elaborados com uva Pinot Noir de altíssimo nível,
principalmente os que provêm de Malborough, região vitivinícola localizada na
parte norte da ilha do sul.
No caso da América do Sul, o Chile é o
país que tem demonstrado o maior avanço qualitativo com esta uva, e que tem
ganhado grande destaque na última década. Isto principalmente devido à procura
de climas mais frescos com influência marítima, o que favorece ao crescimento e
à qualidade dos vinhos desta uva. Casablanca, localizada na metade do caminho
entre Santiago e Valparaiso, é uma região já consagrada e com mais de uma
dezena de produtores que têm tido muito sucesso com esta uva.
Já algo mais perto do oceano pacífico,
na região de Sant Antonio, se encontra alguns dos Pinot Noir de maior qualidade
deste país, o que se diferencia por seu caráter extremamente fresco e mineral.
A mais recente região localizada a 400
quilômetros ao norte de Santiago, o Valle de Limarí, está também se destacando
como um lugar muito interessante para a produção de grandes Pinot Noir.
A Argentina mesmo já tem se destacado
com vinhos elaborados com esta uva e, embora que Mendoza seja considerada sua
região emblemática já consolidada no mundo e amplamente conhecida pela Malbec,
não tenha um clima apropriado para a produção desta uva (que gosta do frio). Os
resultados na região do Rio Negro, na Patagônia Argentina, também são muito
alentadores.
No Brasil, os produtores e vinícolas
locais também têm manifestado certo interesse por esta variedade, e embora que
todos concordem, nas dificuldades e alto custo de investimento em
investigações, os resultados obtidos até agora no Rio Grande do Sul e na Serra
Catarinense sugerem um futuro promissor.
Borgonha
O berço da Pinot Noir é a maravilhosa
Borgonha. Esta província localizada a sudeste de Paris tem como principal
região na produção de vinhos a Côte D'Or (encosta dourada), dividida entre Côte
de Beaune, sul da principal cidade da Região Beaune, e a Côte de Nuits, ao
norte. A primeira produz, além de tintos fantásticos, os melhores vinhos bancos
do planeta, todos a partir da Chardonnay. Ainda na região, a Côte Chalonnaise,
localizada ao sul Beaune, produz excelentes vinhos.
As evidências nos dizem que a Pinot
Noir é cultivada na Borgonha há mais de dois milênios - registros dessa uva
datam do século IV a.C. Existem alguns indícios do seu cultivo desde o século
IV d.C., mas oficialmente seu primeiro registro data do ano 1375. Vinte anos
depois, um fato importante: Felipe O Atrevido, Duque da Borgonha, emitiu um
documento que proibia o plantio da inferior Gamay na Côte D'Or a favor da Pinot
Noir.
Europa
Há uma boa oferta de bons Pinot Noir
por vários países da Europa. Na Itália, por exemplo, os melhores são da região
da Úmbria. Encontramos algumas boas garrafas também na Toscana. Na Espanha é
difícil achar alguma coisa. O que temos hoje são alguns experimentos. O mesmo
está acontecendo em Portugal, que já produz considerável quantidade dessa uva,
porém, com mais ênfase de uso em cortes.
A Alemanha, com uma quantidade
restrita de vinhos tintos, tem na Pinot Noir uma de suas principais uvas, mas
ainda sem a expressão necessária, principalmente se comparado com a excelente
qualidade dos brancos. A vizinha Áustria, um fenômeno nos vinhos doces e muito
bem postados em brancos secos, vem despontando com excelentes fermentados a
partir da Pinot Noir. Os exemplares de Kamptal são excelentes e melhoram a cada
dia.
A Suíça - principalmente nos Cantões
de língua francesa, Valais e Vaud - produz em larga escala Pinot Noir de bom
custo/beneficio, porém, de média complexidade se comparados com exemplares do
resto do mundo. No Cantão de Neuchâtel, podemos encontrar bons tintos com essa
nobre uva da Borgonha. Outros vários países da Europa produzem vinhos de Pinot
Noir, mas, de uma maneira geral, sem destaques e com uma presença incipiente no
Brasil.
Fontes: revista adega; wikipedia; vinho em prosa
Lucas Bolívar
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