A HISTÓRIA DO CHOCOLATE
Os
primeiros vestígios da descoberta do chocolate são de 1.500 a.C. e vêm da
civilização Olmeca que habitava o México na época. O cacau foi aproveitado
posteriormente pelos Maias e Astecas em forma de bebida, considerada sagrada.
Nas cerimônias religiosas, o cacau torrado era servido com especiarias e mel.
Os
conquistadores espanhóis introduziram a delícia na Europa, onde era considerado
um alimento especial por seu valor nutricional e energético. Inicialmente
somente mulheres, sacerdotes e nobres o consumiam em cultos da Igreja Católica,
depois o cacau foi se popularizando e se diversificando com a adição de outros
ingredientes.
Os
suíços tiveram a ideia de misturar o cacau ao leite, dando origem ao chocolate
como nós conhecemos hoje. Típico de clima tropical, o cacaueiro encontra no
Brasil um ambiente ideal para o seu cultivo, principalmente nas regiões do
Espírito Santo e o sul da Bahia, Ilhéus. Hoje, nosso país é o maior produtor da
América Latina e um dos maiores do mundo ao lado da Costa do Marfim, de Gana e
do Equador.
O cacau (Theobroma
cacao L) é uma planta nativa do continente americano, sendo o
principal componente do chocolate.
Os povos Astecas e Maias utilizavam o chocolate em forma de bebida em rituais
religiosos e de sacrifício, além de ser permitido seu consumo somente por
homens de importante papel, como guerreiros e algumas autoridades das tribos.
Com o passar dos anos, o chocolate foi
ganhando popularidade em todo o mundo. Ele é muito utilizado nos dias de hoje
tanto pelas indústrias de alimentos para comercialização de produtos, quanto
pelas pessoas em suas preparações culinárias. Portanto, é possível encontrar
chocolate em barra, em pó, fazendo parte da composição de bolos, bebidas,
bombons, recheios, coberturas, entre outros.
O chocolate foi sendo reconhecido não
só pelo seu delicioso sabor, mas também pela presença de substâncias chamadas
de “fitoquímicos”, as quais
demonstraram em pesquisas científicas benefícios potenciais à saúde do ser
humano. Um exemplo de um grupo de fitoquímicos presente no cacau e de
importante destaque é o grupo dos flavonóides.
As sementes de cacau e seus derivados
(como o chocolate amargo, o cacau em pó e a massa de cacau) são fontes
alimentares ricas em flavonóides. Estes
componentes podem agir como potentes antioxidantes no organismo, além de
diminuir o risco de doenças cardiovasculares e câncer. Também podem melhorar a
saúde do coração promovendo um fluxo adequado de sangue (reduzindo a pressão
sanguínea), diminuição da tendência à agregação plaquetária (evitando infarto e
acidente vascular cerebral) e a diminuição da oxidação do LDL colesterol.
Além de serem encontrados no
chocolate, os flavonóides também estão presentes no vinho
tinto, no chá verde,
nas frutas e nos vegetais.
A teobromina é outro fitoquímico (do grupo
dos alcalóides) também presente em grande quantidade nos produtos de cacau. Essa
substância tem ação diurética, como também tem ação semelhante à cafeína, como
estimulante do sistema nervoso central, do sistema respiratório e dos músculos
cardíacos.
Além disso, o chocolate é rico em
alguns minerais
(tais como manganês, potássio e magnésio) e algumas vitaminas (como as
vitaminas do complexo B por exemplo). Também apresenta em sua composição um
tipo de gordura insaturada chamada de ácido oléico, sendo este conhecido por
auxiliar na redução de colesterol.
Alguns tipos de chocolate,
principalmente aqueles mais escuros e com menor teor de açúcar, têm maior
potencial de contribuir para a saúde em relação aos chocolates brancos e ao
leite, devido a maior quantidade de cacau presente em sua composição. Mesmo
sabendo de todos os benefícios deste alimento, é importante salientar que todo
o tipo de chocolate deve ser consumido com moderação.
CHOCOLATE
E VINHOS
Chocolate
combina ou não com vinhos?
Há algum tempo, diziam que chocolate e vinho eram impossíveis de harmonizar. Da mesma forma que comida apimentada.
A regra da harmonização de vinhos e
comidas não é mais a mesma, não é uma coisa fixa. Atualmente, a regra é
experimentar e tentar coisas novas, sabores diferentes.
Nesta época de Páscoa, nada mais justo
do que dar um enfoque nesse alimento tão desejado pelos chocólatras de plantão.
Então, como podemos combinar
chocolate e vinhos?
O grande problema do chocolate,
principalmente os do tipo “ao leite”
e o chocolate branco, é a doçura excessiva. E pelas regras atuais da
harmonização, quanto mais intenso é um prato, mais intenso deve ser o vinho.
E quando falamos de intensidade, o açúcar entre na lista. Ou seja, quanto
mais açúcar tem um prato, mais doce deve
ser um vinho. Senão, corremos o risco de ficar fazendo caretas, pois o
vinho vai parecer extremamente seco e azedo perto do prato.
O mercado nos oferece uma infinidade
de tipos de chocolates, podendo ser ao leite, meio-amargo, amargo, (ou muito
amargo!), branco, com frutas cristalizadas, com frutas secas, com licor... Enfim!
A lista não para de crescer!
E, por outro lado, temos os vinhos,
que também chegam dos tipos mais variados, agradando a todos os paladares.
Quando falamos dos chocolates mais doces, devemos pensar em
vinhos como um Porto, no estilo Tawny,
que possuem taninos mais macios
devido ao longo envelhecimento, além
do Porto Vintage, combinação clássica para chocolate.
Outro que, pode ser uma boa pedida é o
Banyuls, um tinto doce, levemente
fortificado, feito a partir da uva
Grenache, na região francesa do Rhône. Mas Claro que vc pode utilizar um
bom Malbec Argentino ou mesmo o Cabernet Sauvignon. Merlot e Shiraz também são
indicados para chocolates. Mas vai aí aquela boa e velha dica de: teste,
experimente, veja o que seu paladar se adapta melhor. Só lembrando que chocolate
com tintos secos, devemos esquecer o chocolate ao leite. Podemos combinar a
amargura do chocolate com a do tanino, que também é um elemento amargo.
Temos também os vinhos Madeira, nos estilos doces das uvas Bual ou Malmsey,
que podem acompanhar aqueles chocolates com frutas secas, como amêndoas,
macadâmias, avelãs, etc. Já um Jérez, como o Pedro Ximénez, que é bastante doce
e com aromas intensos de uvas passas, cai bem com chocolates com frutas, por
exemplo. E também com os chocolates brancos.
Chocolate vai bem (e muito!) com
vinhos.
Uma trufa de chocolate amargo,
polvilhada com cacau em pó, ou salpicada com castanhas, escolta,
surpreendentemente bem, um belo Cabernet Sauvignon ou um Malbec mais
estruturado.
E se o chocolate for meio amargo, tente um Porto Ruby, que ainda tem taninos mais estruturados para combinar com o leve amargor do chocolate e doçura suficiente para acompanhar o doce.
Aproveitem e se joguem nos chocolates
e nos vinhos.
Lucas Bolívar
Sócio Proprietário - Armazém Deus do Vinho
ADV - Armazém Deus do Vinho
www.deusdovinho.com
Tel: 11-2017-5317
E-mail: vinhos@deusdovinho.com
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