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terça-feira, 29 de abril de 2014

Rolhas de Rosca x Rolhas Plásticas x Rolhas de Cortiças

É um debate interessante pq nem todos sabem diferenciar isso.

Primeiro que a Cortiça é obtida da árvore Sobreiro, uma parente do carvalho, predominantemente cultivada em Portugal, e está nas mãos da Família Brito. É um cultivo longo, caro de se produzir.

O sobreiro, árvore emblemática e típica da paisagem portuguesa, encontra-se em perigo de extinção. E com ela também a vida rural de regiões como o Alentejo, um sistema agro-silvo-pastoril.

Temos os vinhos que utilizam as rolhas de aglomerado de cortiça...

Temos Vinhos com Rolhas de plástico... hhmmm normalmente são usadas em vinhos mais simples, até para tornar mais barato o processo de montagem do vinho. Embora tenham um bom nível de qualidade as Rolhas plásticas são utilizadas em vinhos de segunda linha, mais simples e baratos, raras exceções e, que não exigem guarda por um tempo longo. a tendência é isso evoluir para vinhos médios.

Já as Rolhas de Cortiça são utilizadas em bons e/ou excelentes em vinhos, muitos até que exigem guarda prolongada.

mas e os vinhos com tampas de Rosca( Screw cap)?

São vinhos bons... jovens e que também, vedam a passagem do ar. é o Caso dos Vinhos Brancos e até frisantes italianos inclusive. O Riunite utiliza esse tipo de tampa. Quem é pioneiro nesta tampa é a Nova Zelândia, que passou a utilizar boa parte de seus vinhos que não exigem guarda prolongada.

Em Resumo

As Rolhas íntegras e naturais(Cortiças) são muito caras e normalmente são utilizadas, preferencialmente em vinhos de alta qualidade e de média e longa guarda.

As rolhas de aglomerado de cortiça fecham garrafas com menor horizonte de vida. E se percebe na hora de abrir o vinho porque é uma rolha que se esfarela muito.

As rolhas Sintéticas(ou de plástico) devem ser utilizadas em vinhos Jovens. Pelo simples fato de que a falta de microporos impede a microrespiração(oxidação) necessária aos vinhos de guarda.

Já as tampas de roscas são baratas, e é uma boa opção aos vinhos que vão ser consumidos rapidamente e não necessitam de guarda, caso dos frisantes por exemplo. E os vinhos de tampa de rosca são todos muito bons. Principalmente os Neozelandeses e os Australianos.


é isso...


Lucas Bolívar
Sócio Proprietário - Armazém Deus do Vinho

ADV - Armazém Deus do Vinho 

www.deusdovinho.com


Tel: 11-2017-5317

E-mail: vinhos@deusdovinho.com

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Sobre os Vinhos da Região da Sardenha - Itália


A Sardenha

 

Terminando nossa volta pelos principais locais da Itália e aprendendo um pouco sobre seus vinhos chegamos a última parada... essa bela ilha. 

 

É uma ilha do Mar Mediterrâneo ocidental e uma região autônoma da Itália meridional, com uma área de 24 090 km², 1,65 milhão de habitantes e cuja capital é Cagliari.

 

A segunda maior ilha do Mediterrâneo localizada entre o Mar Tirreno e o Mediterrâneo. Com uma geografia bastante acidentada, tendo no seu centro uma cadeia de montanhas que chegam a 1800 metros de altura. Portanto há vários micro-climas. E de fato há, eis que há, também, várias castas nativas e do Mediterrâneo produzindo vinhos variados.

 

O clima ajuda e muito. Possui típico clima mediterrâneo, verão quente e seco e inverno frio e com muito sol. Ideal para as uvas que lá estão faz mais de séculos.

 

Situada a oeste da península Itálica, sul da Córsega e norte de Tunísia, administrativamente é, desde 28 de fevereiro de 1948 uma região autônoma com estatuto especial; juntamente com Vêneto, é uma das duas regiões cujo status na região descrevem os habitantes locais com a expressão "popolo" (pessoas), expressão destituído de qualquer significado jurídico ou o reconhecimento legal das diferenças com outros cidadãos italianos.

Com uma densidade populacional e 69 hab/km², pouco mais do que 30% da média nacional italiana, Sardenha é a quarta região menos povoada de Itália.

Com mais de 24 000 km² de superfície e uma extensa linha costeira (1 849 km), durante muito tempo foi considerada a maior ilha do Mediterrâneo, quando na realidade é a segunda em área, atrás da Sicília.

A maior parte da costa é alta e rochosa, com troços longos e relativamente direitos, com muitos cabos imponentes , algumas baías largas e profundas, existindo numerosas ilhotas e ilhas menores.

O território é predominantemente constituído por montanhas e colinas com altitudes geralmente entre os 300 e os 1 000 m.

 

Clima

O clima é mediterrânico com temperaturas suaves, até mesmo no inverno, com primaveras e outonos quentes, verões que podem ser muito quentes, chegando mesmo aos 45°C, o que é propício à ocorrência dos incêndios frequentes. Em contrapartida, as temperaturas mais baixas nunca são inferiores a 0°C. O vento dominante é o Mistral, que sopra de noroeste durante praticamente todo o ano, principalmente no inverno e primavera, por vezes com bastante intensidade, o que faz as delícias dos amantes da vela. Sendo geralmente frio e seco, tem um efeito refrescante.



 

 

Supercentenários

Em outubro de 2004, vários cientistas da Universidade de Montreal foram à Sardenha para aí estudar uma particularidade local recentemente constatada por médicos da ilha: um número importante de homens supercentenários (de idade igual ou superior a 110 anos), algo raro, pois habitualmente são as mulheres que chegam a essas idades tão avançadas e na Sardenha o número de homens supercentenários supera o das mulheres. 

Gastronomia

A cozinha da Sardenha evoluiu de forma peculiar e ainda conserva muitas das suas características antigas. Principalmente com as massas e os queijos. A doçaria da ilha é, sobretudo, baseada em amêndoas. 

Turismo 

Este setor é o mais importante da ilha, com 2 721 empresas ativas. Em 2008 passaram 11 896 674 de passageiros pelos aeroportos da ilha (mais 1,4% que no ano anterior, apesar da crise internacional). No mesmo ano houve 12 290 414 turistas (mais 1,1% que no ano anterior).

A ilha é particularmente famosa pelas suas praias, mas existem outros lugares interessantes. Entre os locais mais procurados pelos turistas encontram-se a Costa Smeralda, a vila catalã de Alghero, o maciço montanhoso de Gennargentu e suas aldeias e o pequeno porto de Bosa, dominado por uma fortaleza. 

 

Recentemente foram construídos numerosos complexos hoteleiros no sudeste (Villasimius e Muravera) e sul-sudoeste (Pula e Chia, na comuna de Domus de Maria).

Em 1994, o arquipélago de La Maddalena foi classificado como um parque nacional marinho com 15 046 ha de superfície marítima e 180 km de costas.

O desenvolvimento das infraestruturas turísticas, o clima, os vestígios arqueológicos (nurago, etc.), fazem da Sardenha um destino atrativo, que para mais de 10 milhões de turistas anualmente, 80% dos quais em julho e agosto.

Vinhos

Os vinhos da Sardenha têm origens muito para trás no tempo e refletem a história de todas os governantes que esta maravilhosa ilha tem tido ao longo dos séculos.

Os primeiros a levarem o vinho da Sardenha foram os fenícios e cartagineses, em torno do século VIII ac, que importaram videiras antigas como o Nuragus. Muitos séculos depois de os espanhóis trouxeram com eles a Cannonau e a Torbato enquanto que durante a união com Piemonte durante a regência de Savóia juntou-se aos vinhos típicos da Sardenha videiras piemontesas como Barbera e Sangiovese. 

As uvas dos vinhos da Sardenha 

 

A videira, na Sardenha é cultivada principalmente nas zonas costeiras, ocupando as colinas baixas e as planícies.

A idade média das vinhas é bastante elevada, as variedades tradicionais são Vermentino, Carignano, Monica, Cannonau, Vernaccia di Oristano, Nieddu Mannu e Nuragus.

 
Na Sardenha há também alguns excelentes vinhos de sobremesa feitos a partir de uvas: Moscatel e Malvasia.

Os vinhos DOC da Sardenha

Os vinhos DOC da Sardenha contar dezenove vinhos com Denominações de Origem Controlada entre os quais se destaca o Vermentino di Gallura, um vinho branco de excelente qualidade que tem a certificação de origem controlada e garantida (DOCG).

 

Outros vinhos DOC da Sardenha de ótima qualidade são:

  • Alghero produzido na província de Sassari (branco, tinto e rosé)

  • Arborea produzido na província de Oristano (rosé e tinto)

  • Campidano di Terralba produzido nas províncias de Cagliari e Oristano (tinto)

  • Cannonau di Sardegna prodotto in tutta la regione (rosé e tinto)

  • Carignano del Sulcis produzido na província de Cagliari (tinto e rosé)

  • Girò di Cagliari produzido nas províncias de Cagliari e Oristano (tinto)

  • Malvasia di Bosa produzido na província de Oristano e a Malvasia di Cagliari produzido nas províncias de Cagliari e Oristano (branco doce)

  • Nuragus di Cagliari produzido nas províncias de Cagliari, Nuoro e Oristano (branco).



Lá temos em termos de uvas tintas temos a a Cannonau, vinda da Espanha trazida pelos religiosos. Uva de casca grossa perfeitamente adaptada ao calor, produz vinhos de teor alcoólico alto, perto dos 14 graus. Seus vinhos são de cor escura, aromas de ameixa, cereja, amora e geleia de frutos vermelhos. Na boca aparecem logo seus taninos. São vinhos que requerem um pouco de garrafa para domá-los.

É seguramente a casta que produz os mais renomados tintos da ilha.

Casta que produz brancos com acidez média, mas extremamente aromáticos. Na taça são vinhos densos e muito saborosos. Nariz a mel, flores, maçã e pera. São realmente diferenciados.

Por fim a nativa Nuragus. Produz brancos ácidos, delicados e aromáticos. De baixo teor alcoólico é muito companheira de frutos do mar e peixes leves.

Portanto, se não conhece os vinhos da Sardenha, não sabe o que está perdendo.

 

Exemplos de outras bebidas alcoólicas da Sardenha:

  • Mirto — Licor à base de murta, que pode ser branco ou tinto.

  • Villacidro — Licor à base de anis e de açafrão; o nome provém de da localidade de Villacidro, no sul da ilha.

  • Filuferru — Aguardente bagaceira, produzida por destilação de bagaço de uva; o nome significa fio de ferro.

  • Amaro Sardo — Licor amargo produzido com ervas aromáticas

  • Limoncello — Licor à base de sumo de limão, típico do Sul de Itália, mas produzido igualmente na Sardenha.

  • Ichnusa — Marca de cerveja tipo lager aromatizada com lúpulo, que lhe confere um sabor liegiramente amargo; é produzida desde 1912; desde 1986 é propriedade da multinacional holandesa Heineken.



Lucas Bolívar
Sócio Proprietário - Armazém Deus do Vinho

ADV - Armazém Deus do Vinho 

www.deusdovinho.com


Tel: 11-2017-5317

E-mail: vinhos@deusdovinho.com

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